terça-feira, 30 de novembro de 2010

avó

eu tinha uma nona de coração branco. ela falava retas, movimentos retos.
fazia o silêncio de um ventilador novo, cheia de movimento dentro.

acabava de sair do forno os porta-jóias gratinados, untados com pó, que nona assoprava pq dizia que estavam quentes.
eram caros.
ela tentava comer as jóias, porém os "quitutes" tinha passado do ponto mais uma vez, "muuuuuuuuuito duros!! muuuuuuuuuito duros!!! meu Deus, será que eu não tenho mais mão pra essas coisas....?!", minha tia me olhava como se pedisse para eu ignorar tamanha pafurdisse, mas com certeza, se vovó resolvesse comê-los, minha tia vasculharia a bosta.

Um comentário:

L disse...

O primeiro parágrafo é umas das melhores coisas que li até hoje.