sexta-feira, 5 de março de 2010

piano


um exército de Osascos corria dentro de mim, enquanto eu passava aquela pasta de pêsames na torrada caseira e mal feita que ele me oferecia.
os móveis a nossa volta pareciam nos observar por tamanha tensão que se criava, um deles veio saber se quereríamos mais alguma coisa, pois a cozinha ia fechar. dissemos que não.
eu sentia falta dele, não conseguia matá-lo dentro. não encontrar os defeitos dele nos outros era fácil, difícil era encontrar aquelas qualidades.
havia um copo de veneno em cima do piano. eu o tomei antes de sair.

8 comentários:

Anônimo disse...

...na pia a louça suja me lembra da roupa suja no tanque que a vida é...

Carla disse...

suPIMpa seu blog, hein?
-apesar do gosto amanhecido da "piada", curti, curti mesmo!

Anônimo disse...

você é sempre tão cheia de dor! tanta dor que dói às vezes aqui.

pim la piel disse...

acho que a dor anda sendo uma forma de perceber o mundo... vamos acreditar que isso seja uma fase!

Anônimo disse...

ás vezes a dor é só falta de abraço. do mundo, principalmente.

pim la piel disse...

sabe q é...

Anônimo disse...

ABRAÇO!!!!!!

(vendo se chega aí, se eu for convincente na digitação)

Rúcula disse...

gosto da maneira como escreve
a dor junto com o amor